Não fuja
- não sou minimalista
- 1 de dez. de 2022
- 1 min de leitura
Não fuja:
nem de quem você é,
nem de quem você deseja ser...
Por muito tempo eu fugi da pessoa que eu sou…
Uma mulher prática, direta, simplificadora. Sonhadora (e sentidora, de vez em quando escritora).
Aquela que inventa algumas palavras, e rima outras.
Por muito tempo eu fugi da pessoa que eu desejava ser…
Uma mulher mais prática, mais direta, mais simples.
Uma mulher que se mexe. Que se abre. Que escreve.
Sempre fui uma pessoa que escreve, e curiosamente sempre desejei ser uma pessoa que escreve.
Nessa esquina tão perfeitamente elaborada, como foi que eu consegui pegar a direção errada?
Por muito tempo, eu fugi das minhas particularidades e das minhas opiniões.
Por muito tempo, eu fugi das minhas vontades e das minhas emoções.
Onde foi que eu esqueci que eu já era quem eu queria ser?
Onde foi que me esconderam de mim?
Onde foi que eu permiti que o mundo me atropel@sse naquela mesma esquina, e me fizesse engolir minhas próprias palavras?
Quero ver mais, quero escrever mais, quero falar mais, quero sentir mais.
Quero desperdiçar menos, gastar menos, me preocupar menos.
Hoje em dia, não fujo mais (um pouquinho ainda, talvez).
Porque por muito tempo, faltou coragem.
Agora, não falta mais (um pouquinho ainda, talvez).
Mas não devíamos fugir, nem eu e nem você, jamais…
Fugir nos custa caro demais.


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