"Não há como desejar o que se tem"
- não sou minimalista
- 24 de jan. de 2023
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"O divertimento, para Schopenhauer, é essa dança. (...) Um pouco como no bolero. Desejar (1), saciar (2), voltar a desejar (3). Os floreios são básicos. Constrangidos pelo ritmo: não ter, sentir falta e ir atrás, para ter. E então passar a desejar outra coisa". Clóvis de Barros Filho
O desejo é uma das grandes forças do consumismo: estamos sempre querendo coisas que não possuímos, para então conquistá-las e rapidamente passar a querer outra coisa. O ciclo pode ser interminável se nunca pararmos para nos questionar sobre isso.
É aqui que o minimalismo nos ajuda a entender e principalmente a quebrar essa corrente: o desejo pelas coisas, além de ser estimulado pela mídia, é valorizado pela sociedade de pessoas que vivem se comparando com as outras e é ancorado no pressuposto (incorreto) de que "quem tem mais, É mais".
Isso não poderia estar mais longe da verdade...
Precisamos parar de pensar somente nas próximas coisas, conquistas e compras, e perceber o quanto já temos e já somos nesse momento.
O mais importante é valorizar e ser grato e satisfeito com o que está ao nosso dispor (e não ao que parece estar ao nosso alcance, mas a um alto custo).
Então vamos tentar provar que essa frase está errada, e desejar exatamente o que temos: porque o suficiente é o bastante, e a gente não precisa ficar sempre correndo atrás de mais.


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