Como poderia
uma casa tão vazia
guardar toda a alegria
que nenhum objeto trazia?
Como poderia
uma casa tão vazia
guardar toda a alegria
que nenhum objeto trazia?
Numa sociedade onde mais é sinônimo de melhor, nosso foco está sempre na próxima compra, na próxima conquista, no próximo desejo.
Aquilo que se tem nunca é suficiente, nunca está bom, nunca traz felicidade: porque esta é sempre postergada, adiada, colocada alguns passos mais pra frente - à nossa vista, porém nunca ao alcance dos nossos dedos (já esticados ao máximo).
Focar nesta aparente falta (de qualquer coisa) reforça em nós exatamente aquilo de que estamos tentando fugir: a própria falta!
Enquanto nossos olhos estiverem vidrados naquilo que não está aqui, naquilo que não é da nossa posse, naquilo que o outro alcançou (mas nós ainda não), é somente isso que eles verão…
Por isso que focar na falta é ficar na falta.
Porque focando nela, a trazemos pra tão perto de nós, que ela fica cômoda, habitual, confortável.
Porque ao focar na falta, nos acostumamos com aquele pequeno vazio que ocupa a mente e o coração, e o tratamos tão bem que ele passa a valer mais do que todo o resto que já está preenchido…
Não consuma objetos que só consomem o seu dinheiro.
Não consuma atividades que só consomem o teu tempo.
Não consuma informações que só consomem a tua saúde mental.
Não consuma situações que só consomem a tua energia.
Não consuma opiniões que só consomem a tua liberdade.
Não consuma desejos que só consomem a sua tranquilidade.
Não consuma ambições que só consomem a sua gratidão.
Na vida, estamos sempre consumindo…
Mas tudo o que consumimos, tem um preço - e esse preço vai muito além do quanto pagamos pelas coisas.
Esse preço é de tempo, de espaço, de energia, de atenção, de paz e de sentimentos.
Precisamos sim consumir, mas precisamos receber algo em troca…
Algo que nos seja valioso, que facilite a nossa vida, que nos traga felicidade ou que nos recompense de outra forma que julgarmos equivalente.
Porque consumir apenas por consumir, nos custa muito…
Quanto você está “pagando” por aquilo que está consumindo?

