top of page


“Ter menos é sempre melhor do que organizar mais”* Josua Becker


Joshua Becker (site aqui, em inglês), um dos principais nomes do minimalismo, constantemente nos mostra através dos seus conteúdos que é possível ser minimalista de uma forma leve e saudável, sem excessos (inclusive de autocobrança).


Para ele, e acredito que para todos os que estão no caminho do minimalismo, é nítido que a organização é um grande componente na busca por uma vida mais simples - um ambiente organizado é mais calmo, mais aconchegante, e ainda por cima mais fácil de limpar e arrumar.


Porém, antes de qualquer organização, deve vir o destralhe.

Não adianta comprar diversas caixas organizadoras para guardar as suas coisas, se o que vai dentro delas não significa muito para você.


É muito mais vantajoso remover da sua vida as coisas que estão em excesso, para só depois pensar em formas eficientes de organizar o que sobrou (ou seja, o que importa).


Pode ter certeza que, após o destralhe, a sua organização vai ficar muito mais fácil e rápida… E muito provavelmente você nem vai precisar comprar caixas organizadoras!


*“Owning less is always better than organizing more”

Uma das primeiras coisas que os minimalistas avaliam quando fazem um destralhe é a utilidade de cada item que possuem.

Ainda existem muitos outros fatores que podem ser analisados em conjunto, como a beleza de um objeto ou até mesmo os sentimentos que ele desperta em você (mas isso é conversa pra outro dia).


A avaliação da utilidade das coisas é importante porque traz uma das principais vantagens de uma vida minimalista: a praticidade.

Não adianta ter uma gaveta com 35 espátulas, se você usa sempre a mesma espátula com o cabo queimado. A quantidade de coisas na tal gaveta vai te atrapalhar quando estiver procurando a sua espátula de estimação…


A estratégia “use it or lose it” fala basicamente sobre isso: ou você usa, ou você “perde” (no sentido de se desfazer, se livrar do objeto). A ideia é ter apenas as coisas que são úteis para você, e que você usa efetivamente.


Até porque não adianta você ter uma serra elétrica (que é muito útil para cortar madeira), se você nunca vai precisar usar esse equipamento.

Então, não falamos somente sobre a utilidade do item em si, mas sobre a utilidade que ele tem na sua vida e na sua rotina atual.


Por vezes nós ficamos presos no pensamento de que as coisas que possuímos são úteis “no geral” e que podemos um dia precisar delas… e é aí que a bagunça começa.

Na verdade, até esse dia chegar (e se ele chegar), quantas vezes você vai ter organizado, limpado, arrumado, cuidado das coisas que estão guardadas apenas para uma eventualidade? Será que não seria mais fácil consegui-las apenas no fatídico dia em que realmente precisar delas?


A gente acha que precisa de muito para viver, quando na verdade não é bem assim.

Depois de certo ponto, o conforto ou a eficiência que as coisas nos trazem são marginais, e talvez não compensem o tanto de trabalho que esses objetos podem nos dar.


Quando você decidir destralhar a sua casa, lembre-se de questionar se as coisas que possui são realmente úteis (para você) e se você realmente as usa frequentemente. Se não, que tal tornar sua vida um pouquinho mais fácil se livrando delas?

Qual é o estado das coisas, então? É isto: eu não considero um homem como pobre, se o pouco que lhe resta o é suficiente. Contudo, aconselho-o a preservar o que é realmente seu; e nunca é cedo demais para começar.

Sêneca, Cartas de um Estoico (Carta 1)



Tente ter apenas o essencial e suficiente para você.

Elimine os desejos e ambições descabidos.

Gaste seu tempo com o que mais importa na sua vida.

Cuide das coisas que possui, mas não se torne escravo delas.

Dê importância ao que merece ter importância.



Sêneca já sabia sobre minimalismo uns 2000 anos atrás...

Obrigada!

bottom of page